sexta-feira, 29 de janeiro de 2016
coleção de pequenas coisas enormes II
os dentes amolecem e caem, invariavelmente, e não conseguem mais morder. e o monte de rasgos de pequenas coisas enormes arrancadas da vida precisa de espaço: o nascimento da cria dos seus coelhos, o choro na peça “o auto” do irmão, a festa no carnaval no meio dos destroços da perimetral, o filme do jonas mekas, o beijo de despedida no cara certo, o sonho com a casa de teresópolis e mais trezentos e oitenta e nove rasgos. é carnaval de novo, olhos abertos, é como você diz, “é se deslumbrando que se move, que se acorda.” hoje acabo minha coleção, me despeço de tu.
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