domingo, 25 de dezembro de 2011
Um recorte do infinito relato de Morel em seu quarto de repetições
ada. Foi.
Ela já está lá. Antes do quarto, ela. Antes sua camisola cor de encarnado, seu cabelo solto, cacheado e curto. Depois as paredes brancas, as janelas amarelas e um sol entrando.
Ela vai se virar. Seu pescoço enruga-se, criando linhas paralelas e simétricas. Ela vai me olhar. Abre os olhos e o azul surge na paleta de cores.
O sorriso vai chegar para mim. Só no cantinho da boca, não chega a se formar óbvio. Deixa em aberto. Eu sei que é um sorriso. Eu sei. Agora! Lá!
Vai olhar para baixo, puxa a alça da camisola. Olha para frente, isso. Levanta-se devagar e suas pernas conduzem o fim.
Já começa com ela, no centro. A luz do sol ajuda a chamar quaisquer olhos para aquele corpo. Os ombros falam muito baixinho, não dá nem para escutar. Atrás, os detalhes do quarto. A flor no vaso redondo.
Espero, ela vai se virar. Devagar, isso. Ela finge uma câmera lenta. Abre os olhos, uma luz de céu.
Agora, o meu sorriso. Lá. Pequeno. Claro que está. E dá pra imaginar os dentes. Dá para ver que é feliz.
Já olhou para baixo. vai puxar a alça. Suave. Já está acabando. Está indo com mínimas curvas.
Lá está. Lânguida. O sol a ilumina da direita para a esquerda. No pescoço um colar dourado, muito fino. Não sei o que é. Há um quadro de um girassol. Ela é linda.
Já está se virando. Nariz, queixo, boca e olhos. Ainda fechados. Se abrem. Olham para mim. Azul vibrante.
Sorri. Com a felicidade de uma mulher. Com a delicadeza de uma mulher. Com o mistério de uma mulher.
Já abaixou o rosto. Mas continua. Puxa a alça do jeito mais devagar possível. Se levanta. Se vai.
Está. Parada, mas suas curvas se movimentam sem parar. A sombra no lado esquerdo forma desenhos em seu corpo. O girassol nunca vai morrer.
A curva se forma em movimento. Seu cabelo dá espaço para seu rosto entrar. Seu nariz está no lugar exato do rosto. Dois olhos redondos acendem.
Mais uma curva, extremamente suave em seus lábios. Uma curva que desenha outras curvas.
Abaixou o rosto e já está puxando a alça. Se levanta cada vez mais perfeita.
Ela. O sol pinta suas cores mais interessan
Ela já está lá. Antes do quarto, ela. Antes sua camisola cor de encarnado, seu cabelo solto, cacheado e curto. Depois as paredes brancas, as janelas amarelas e um sol entrando.
Ela vai se virar. Seu pescoço enruga-se, criando linhas paralelas e simétricas. Ela vai me olhar. Abre os olhos e o azul surge na paleta de cores.
O sorriso vai chegar para mim. Só no cantinho da boca, não chega a se formar óbvio. Deixa em aberto. Eu sei que é um sorriso. Eu sei. Agora! Lá!
Vai olhar para baixo, puxa a alça da camisola. Olha para frente, isso. Levanta-se devagar e suas pernas conduzem o fim.
Já começa com ela, no centro. A luz do sol ajuda a chamar quaisquer olhos para aquele corpo. Os ombros falam muito baixinho, não dá nem para escutar. Atrás, os detalhes do quarto. A flor no vaso redondo.
Espero, ela vai se virar. Devagar, isso. Ela finge uma câmera lenta. Abre os olhos, uma luz de céu.
Agora, o meu sorriso. Lá. Pequeno. Claro que está. E dá pra imaginar os dentes. Dá para ver que é feliz.
Já olhou para baixo. vai puxar a alça. Suave. Já está acabando. Está indo com mínimas curvas.
Lá está. Lânguida. O sol a ilumina da direita para a esquerda. No pescoço um colar dourado, muito fino. Não sei o que é. Há um quadro de um girassol. Ela é linda.
Já está se virando. Nariz, queixo, boca e olhos. Ainda fechados. Se abrem. Olham para mim. Azul vibrante.
Sorri. Com a felicidade de uma mulher. Com a delicadeza de uma mulher. Com o mistério de uma mulher.
Já abaixou o rosto. Mas continua. Puxa a alça do jeito mais devagar possível. Se levanta. Se vai.
Está. Parada, mas suas curvas se movimentam sem parar. A sombra no lado esquerdo forma desenhos em seu corpo. O girassol nunca vai morrer.
A curva se forma em movimento. Seu cabelo dá espaço para seu rosto entrar. Seu nariz está no lugar exato do rosto. Dois olhos redondos acendem.
Mais uma curva, extremamente suave em seus lábios. Uma curva que desenha outras curvas.
Abaixou o rosto e já está puxando a alça. Se levanta cada vez mais perfeita.
Ela. O sol pinta suas cores mais interessan
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De autoria conjunta de Caio Lindoso e Rafael Spínola.
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