terça-feira, 8 de maio de 2012

Eu não me esqueceria de Maria Flor

Sua tristeza não me cria unhas nem dentes.
Seu desespero disfarçado de serenidade não me faz decidir por aqui.
Há espaço para mim, mas fora dessa porta.

A claridade de nossa casa nada tem a ver com o vaso de flor, não apele.
Flor crescerá se o vaso se quebrar.
A terra embaixo dela se espalhará até o sol da janela.

De qualquer maneira, em nossas casas, haverá claridade, Maria, flor e terra.

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