segunda-feira, 11 de abril de 2016

quando os cavalos fogem

nunca gostei do brinde à esperança, então brindo aos nossos verões com os cavalos. mas como se fala com o coração na boca? acho que podemos aprender com os mais velhos e seu tio cantava realmente muito bem. a voz azul marinho e a serenidade verde me davam a certeza de que ele sabia sobre as cores. e sobre a vontade de chorar. em um livro li que o amor é o confronto de dois desejos e em um filme ouvi que sob o manto polido de amabilidade, podemos esconder um desespero selvagem. como os cavalos, os corações nas bocas, a vontade de chorar e as cores, vivemos sem paz.

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