segunda-feira, 12 de abril de 2010

Esforço para ver tua alma em vão

Inexplorável alma é a alheia
Dividi-se em quinhões e aos milhões
A cadeira parece estar vazia
Uma vez invisíveis uns aos outros

No esforço gritante que no fim
Não revela do filme nem a cor
Não revela do campo nem a flor
Minha vida, sinuosa, esvai-se.

Por fim desfaço o véu da nova moça
As paredes são tontas, estreitaram-se.
E o sufoco embaça-me os olhos.

Desgostoso, não vejo nada além.
Da superfície lisa, encobridora
Desse mar, que no fundo é revoltoso

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